segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Norwegian Wood | Haruki Murakami - Ele




Foto: por @tipocoelhosNorwegian Wood
Autor: Haruki Murakami
Editora: Alfaguara
Edição: 2008/359p.


Conheci Murakami esse ano, e algo que ja tenho que deixar avisado é que me apaixonei pela escrita deste simpático japonês, amante de boa musica, antigo dono de um bar de jazz, apreciador de boa comida ( as descrições dos jantares são extremamente apetitosas ) e corredor de maratonas ( quero ser igual a ele quando crescer )
Dito isto o primeiro livro dele que irei comentar no blog é Norwegian Wood.

Norwegian Wood, escrito em 1987, nome baseado em uma belíssima musica dos Beatles, conta a historia de Toru Watanabe, 19 anos, adolescente clássico com duvidas sobre amor, sobre a carreira, sobre estudos e, como se a adolescência não fosse complicada o bastante, Toru se apaixona por Naoko, ex namorada de seu melhor amigo, melhor amigo este que se matou aos 17 anos.

A história se passa na década de 60, com um pano de fundo de greves e problemas políticos no país.
Não sou um conhecedor de história e política, e de qualquer forma isto é só o pano de fundo, o autor cria um personagem que não participa destes problemas, que, aparentemente, não acredita nestas lutas.
Um personagem inteligente, introspectivo e, como muitos de nós, indeciso.

Apesar de gostar bastante do clima que o autor cria, neste livro, em certo ponto achei a história lenta, não evoluía, não contava nada, era só um dia a dia tedioso.

Entre momentos de tédio e momentos realmente únicos e interessantes você passa a adorar uma personagem chamada Midori, que cai de para quedas na vida de Toru.
Personagem muito carismática, divertida e espontânea, faz os dias de Toru mais felizes, e consequentemente os dias de nós, leitores, mais divertidos.

O livro fala de jovens se encontrando na vida, tentando entender a vida, tentando tomar as decisões certas, ou as decisões menos erradas possíveis.

Esse livro me da aquela sensação de estar lendo "O apanhador no campo de centeio"
Não só a forma como Murakami escreve, mas o tipo de história, aquela história que você vê uma fatia da vida de tal personagem, de um adolescente que pensa demais, indeciso, talvez com mais problemas e coisas na cabeça do que um cara de 19 anos deveria ter.

Com certeza vale a pena ser lido.

Postado por: André

Fahrenheit 451 | Ray Bradbury - Ela




Foto: por @tipocoelhosFahrenheit 451
Autor: Ray Bradbury
Editora: Biblioteca azul
Edição: 2012/215p.


Um dia: Foi o tempo que levei para ler este livro, de tão empolgante que é.
De uns tempos para cá tenho me apaixonado por ficção científica e muito me impressionou nunca ter ouvido sobre esse livro antes. Talvez eu não me envolva adequadamente nos meios que falem sobre, mas foi o André quem o descobriu em um youtube de livros e decidiu arriscar.

Em um futuro distópico, os livros são proibidos: Se você tem um (ou alguns) logo aparece um “bombeiro” para queimar tudo, inclusive sua casa e te prender. O motivo? O pensamento crítico é proibido. Qualquer coisa que o leve a questionar a sociedade ou a si mesmo, é considerado absurdo e perigoso. A única coisa válida é a futilidade, o excesso de informações vazias que a televisão nos proporciona, 24 horas por dia.
É um bom jeito de eliminar a “concorrência injusta”, eliminar os “cdf’s” e abominar os ditos intelectuais.
Mas ao contrário de algumas distopias que já conhecemos em que o governo é quem controla, limita e dita, tais quais 1984, o doador de memórias, o filme equilibrium etc, aqui, é a sociedade que alimenta a insanidade: dedurando possíveis “criminosos”, consumindo mídia televisiva compulsivamente, estigmatizando o pensamento crítico, porque a melancolia é algo terrível, estar sozinho consigo é terrível.
Alguma sinistra semelhança com o que vivemos, ainda que em grau menor, hj em dia?
Os “bombeiros” são funcionários do tal governo, mas a grande força vem da massa.
Não é aquele futuro limpo e organizado que costumamos ver em alguns filmes, é caótico, bagunçado e a única lei que parece haver é contra os terríveis leitores.
Nessa loucura, um bombeiro conhece uma garota considerada “maluca” que desperta algo em si, intensificado por um episódio que passa na execução do seu ofício.

Não consigo mais desenvolver o assunto sem estragar o livro. Ele é curto, +- 200 páginas e vale cada página. Inclusive, achei um livro muito pequeno pra um universo tão cheio de possibilidade, tanta coisa pra ser descoberta, desenvolvida... Ao terminar, você fica com gostinho de quero mais.

Nota 5 de 5.

Leria de novo com certeza.

Postado por: Livia

Morte Súbita (Casual Vacancy) | J.K. Rowling - Ela





Foto: por @tipocoelhos
Morte Súbita

Autor: J. K. Rowling
Editora: Nova fronteira
Edição: 2012/501p.


Se você pegou este livro para ler pensando em matar um pouco da saudade de Harry Potter – apenas pare.
Completamente diferente do mundo mágico em todos aspectos – na narrativa, nos personagens, na ambientação, Morte súbita mostra a rotina em um pequeno vilarejo inglês.
Não foge muito do que a gente conhece das nossas cidade pequenas – todo mundo se conhece, sabe de tudo sobre a vida de todos, julga quem foge dos padrões impostos.
A história gira em torno do conselho da cidade, o qual abre uma vaga depois de – veja só – uma morte súbita.
A narrativa do livro é um pouco diferente do que estou habituada : na mesma página muda o narrador se falando de um mesmo assunto. Qualquer distraída na leitura e você pode ficar completamente perdido sobre o que está acontecendo.
Esse é um dos motivos pelo qual foi um dos livros (nessa quantidade de páginas) que mais demorei a ler – de 02 a 20/11 – somando o marasmo.
Embora comece com algo impressionante, como a morte de um personagem, ela conta a rotina, bem comum,  de cada um dos personagens. Como vivem, como é a família, quais são as reações ao dia a dia, e com o tempo você está confuso sobre quem é quem e entediado.
Depois você percebe que essa é uma tentativa de você se aproximas dos personagens e começar a tomar partidos, mas – me desculpe – realmente entediante.
Talvez porque retrate pessoas comuns, com problemas comuns – ou quase isso – sem grandes emoções
O livro começa a ficar realmente interessante la pela página 300, quando começa a ficar intrigado com algo e ações começam realmente a ter reações e sentidos, e é a hora que você pega para matar.
Meu marido costuma dizer que mesmo que o desenrolar inteiro de algo seja ruim, se o final for bom, compensa. Assim como um bom desenrolar com um final ruim, estraga tudo.
Confesso que este livro me deixou um tanto em dúvida.
O final é marcante, impressionante e compensa a leitura do livro. Mas isso só se você conseguir chegar no final, porque na maior parte do tempo, você acha que tudo não passa de uma perca de tempo.


3 de 5, mais pelo final.


Postado por: Livia