terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O Rei de amarelo | Robert W. Chambers - Ela




Foto: por @tipocoelhos
O rei de amarelo

Autor: Robert W. Chambers

Editora: Intrínseca
Edição: 2014/256p.

Foto: A capa, que eu achei particularmente linda e a preguiça da Léia.

O rei de amarelo é uma coletânea de contos que fala sobre “O rei de amarelo”. Este é um livro de uma peça que tão logo as pessoas lêem, ficam amaldiçoadas podendo chegar a loucura.
O tema é um grande tabu e o misticismo em cima da obra é grande. Em momento algum a gente lê a obra, vemos apenas pequenos trechos, distribuídos nos contos, o que atiça ainda mais a curiosidade.
O editor do livro foi fantástico, dando informações relevantes sobre os nomes citados no livro e o vínculo com obras de outros autores da época (1800).Pra mim, que nunca li nada deste gênero e desta época, foi super bacana e deu umas dicas do que ler em seguida. O editor também fez os links entre algo falado em um conto e qual a relação com o outro. Para os leitores mais distraídos (eu nesse livro) é super válido.
A escrita é bem fácil pra época em que foi escrito – 1895 mas houve, do meu ponto de vista, um problema:
O livro, vendido como “Obra gótica americana” e “terror cósmico” seria excelente se seguisse apenas essa linha. Os quatro primeiros contos são assustadores, não de forma explícita, mas te deixa com aquela pulga atrás da orelha, aquela ansiedade para saber mais sobre o que aconteceu e sobre Carcossa – que foi o motivo que me levou a ler este livro. A referência feita à Carcossa e ao Rei Amarelo que vemos na primeira série True Detective. – E sobre os seus mistérios.
O problema é que os próximos 4 contos são completamente diferentes. Não tem nada de assustador, tenso, ou sobre o Rei de Amarelo. Ele é outra coisa, outro gênero.
São os pintores da “Belle Époque” do Quartier Latin na França. Pintores boêmios e seus causos.
Seria super bacana se fosse isso que eu tivesse me proposto a ler desde o começo, mas essa mudança abrupta de estilos me incomodou. A impressão que deu é: vamos colocar mais conteúdos pra fazer um livro maior que “venda mais” ou qualquer coisa assim. Tenho certeza que haveria leitores para dois livros dos contos em separado, mas...
Não que não sejam bons contos, mas como eu disse...eu ainda estava com aquela expectativa de algo tenebroso e o que estava sendo falado era sobre boemia.
Demorei demais pra ler um livro pequeno. Acabou me cansando.
Então vamos lá:
Para os  4 primeiros contos eu dou 3,5. Era a vibe que eu estava e o que eu procurava. Nem de longe é ruim, mas acho que fui com muita sede ao pote e esperava algo mais sinistro.
Para os demais contos...2,5. Também não são ruins. Mas como eu senti como um conteúdo que me foi forçado que fugiu totalmente do tema que o livro se vende, me cansou e desanimou.
A média da nota: 3 de 5.

Vou ler algo de H.P. Lovecraft. É bastante mencionado.
Se for na mesma linha, eu saberei que eu que fui com a cabeça totalmente errada para ler esse livro, se não....Chambers que me desculpe. Rsrs
Volto a falar ;)

Postado por: Livia



2 comentários:

  1. Olá Livia! Li O Rei de Amarelo esses dias, e a minha opinião é parecida com a sua, só que mais extrema dos dois lados rsrs. Eu já sabia que o livro teria essa segunda parte realista, mas eu achei o Chambers um escritor meio fraco, e o que segura nos quatro primeiros contos é a boa mitologia criada, mas o outro quarteto... pelo amor de deus rsrs, quem foi que deixou esses contos ali hahaha. Eu vou fazer um post no blog falando mais claramente sobre o livro, abraços!

    (ourbravenewblog.weebly.com)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. hahaha,siim oq é isso meu xovem CHambers, queremos terror pro favor. rs
      Assim que publicar, estarei lá ;)

      - Livia

      Excluir