quinta-feira, 12 de maio de 2016

Psicose | Robert Bloch - Ela



Foto: por @tipocoelhos
Psicose
Autor: Robert Bloch
Editora: Darkside Books
Edição: 2013/257p.


Meu primeiro contato com Psicose foi com a clássica imagem da Janet Leigh no chuveiro e a sombra de uma faca, cena clássica, que acho que qualquer pessoa na casa dos 25/30 deve ter visto.
Se você não viu, é essa aqui ó:




Sempre fiquei muito curiosa em ver o filme mas daí tive a desagradável surpresa de saber o fim. É, não me lembro como mas fiquei sabendo a grande reviravolta do final e acabei desanimando.

Mas eis que um belo dia estava zapeando nas eternet e li a resenha do livro no blog do nossos queridos parceiros do Our Brave New Blog (a resenha pode ser lida aqui) e com a empolgação da Carol acabei me animando bastante pra ler, pra ver o que é que leva até aquele fim que eu já sabia (#chateada)

Primeiro: Que edição linda! A Darkside lança livros muito caprichados então só de tê-lo na estante já é algo legal. O livro também é curto e surpreendentemente fácil de ler . Surpresa porque alguns livros antigos são meio difíceis de ler, com ritmo e história arrastada, mas não é o que acontece aqui.

Vamos à sinopse: O livro se desenvolve na história de dois personagens: Marion Crane, que é uma jovem, normal e trabalhadora que lida com uma situação inusitada:em um momento do seu trabalho, uma fortuna de 40 mil (hj em dia é pouco , mas na época que foi escrito devia ser uma bolada) cai na sua mão, e como diz o ditado “a ocasião (e a necessidade) faz o ladrão” e nossa querida protagonista lida com os conflitos internos de ser honesta ou ter seus problemas resolvidos. 

O outro personagem, que é o mais curioso e o que a gente mais ouve falar quando se fala de Psicose, é o Norman Bates. Norman é a personificação do ‘filhinho da mamãe’. Engomadinho, ele comanda o Bates Motel na sombra de sua mãe completamente controladora. Também temos nesse personagem um conflito: o de se tornar independente e fazer da vida o que bem entende e, aquele que não sai da sasa de sua mãe, com a desculpa de que ela não vive sem ele quando na verdade aparenta bem o contrário.

Eu não estava esperando absolutamente nada desse livro, mas a trama conseguiu me envolver de um jeito surpreendente. Ele é bem escrito e chega um ponto que está sem fôlego e nem tem vontade de parar pra descobrir onde aquilo vai dar. Se estiver bem disposto, consegue acabar numa tacada só.

O nome do livro não é em vão e vai falar um pouquinho sobre psicose e que nem tudo é exatamente o que parece... ele termina muito bem amarrado e explicado, sem duvidar da capacidade mentaldo leitor de entender o que é que está acontecendo.

Se você é um fã de horror e suspense é uma leitura necessária na lista, não sei como eu consegui ficar tanto tempo sem, mas já entendi porque durou todos esses anos e virou um clássico.

Depois de ler o livro resolvi ver o filme do chamado ‘Mestre’ Hitchcok e não é que é bom? Veja bem, mais uma vez minha surpresa porque os filmes antigos também conseguem ser lentos. Esse não foge, claro (dormi a primeira vez que tentei ver) , mas é muito bem feito e fiel ao livro. Tem um ou outro acréscimo aqui e ali mas é sensacional e o Anthony Perkins, que interpreta o Norman, está simplesmente fantástico!

Uma coisa que achei bem curiosa é que na época do lançamento do livro, Hitchcok comprou os direitos da obra e TODOS os livros disponíveis na época para q ninguém soubesse o final do filme! Pra você ver como tem uma ÓTIMA reviravolta!
Coitado dele se soubesse o que a internet consegue fazer com spoilers rsrs

Enfim, suuuper recomendo tanto ler o livro quando ver o filme e minha nota é 4 de 5.



Postado por: Livia

quarta-feira, 11 de maio de 2016

A garota no trem | Paula Hawkins - Ela




Foto: por @tipocoelhos
A garota no trem

Autor: Paula Hawkins

Editora: Record
Edição: 2015/378p.




Quem nunca criou histórias, ainda que breves, sobre pessoas que vemos rotineiramente? “Aquela pessoa com o ramalhete de flores está indo pedir desculpas por alguma coisa” ou “por que será que aquela pessoa está chorando?”

É assim que nossa história começa...Rachel diariamente viaja no trem das 8h04, do qual, sempre que pára no semáforo vermelho, é possível ver um conjunto de casas.
Infeliz com a própria vida – alcoólatra e abandonada pelo marido – Rachel começa a fantasiar a vida de um casal que vive ali naquelas casas – seus nomes, suas profissões e como se amam - até que um dia, em uma de suas viagens de trem, Rachel vê alguém diferente do usual na casa e no dia seguinte, o rosto da mulher – chamada Megan - aparece nos noticiários: está desaparecida.

Ao mesmo tempo que tenta lidar com sua vida –o alcoolismo, a rejeição e o fato de ser completamente obcecada por seu ex-marido, que já tocou a vida e tem uma nova família - Rachel se vê cada vez mais envolvida na vida do casal que tanto observava, e de uma forma não muito boa.
Acontece que seu ex-marido mora muito próximo da mulher desaparecida e na noite fatídica, Rachel estava por ali, completamente bêbada tentando falar com ele e, quando despertou no dia seguinte esta machucada e completamente desmemoriada. O livro é a busca dela em descobrir o que pode ter acontecido naquela noite e se por acaso seu caminho cruzou com Megan.

Esse livro foi divulgado como um grande thriller psicológico, chegou a ser comparado com Garota exemplar...pra ser bem sincera, eu não achei tudo isso. Achei o rumo da história bem previsível, depois de ler umas cem páginas eu já imaginava qual seria a grande revelação e acertei. Obviamente que não com todos os detalhes, mas já sabia quem, o que e porquê. Isso é meio chato porque quando você lê esse tipo de livro você espera uma grande surpresa ou ao menos uma boa trama, e achei que ele deixou bem a desejar.

O livro não é ruuiiiim, mas, demorei bastante pra engatar nele, pensei em desistir algumas vezes. A Rachel é uma personagem um tanto cansativa, não sei se essa é a  intensão da escritora ao descrever a personagem – mas ela é uma personagem fraca que beira a ser patética, então vc não fica com dó dela e nem se afeiçoa, só fica meio de saco cheio. Da dó porque em um contexto geral, de certo modo ela é uma vítima, mas... E, a obsessão que ela tem com Megan e Scott – os moradores da casa – é meio sem nexo. Tipo, Ok, ela observava o casal todos os dias (stalker!!) e a mulher desapareceu, ok, mas e daí? Do nada você resolve se envolver na vida de uma pessoa que não tinha absolutamente NADA a ver com você? Do jeito que é exposto não demonstra empatia e sim uma grande falta do que fazer.

Acabei não me animando pra fazer esta resenha pois não gosto só de criticar as coisas sem analisar os pontos bons, e não achei um ponto realmente bom pra dizer ‘Olha só, leia esse livro’. Ele é bom para passar tempo e se você quiser desenvolver as suas funções de detetive, mas de modo geral...

O livro está em grande evidência mas não consegui entender o porquê. Se você souber e tiver gostado, me fale, pra ver se eu entendo rsrs
Vale dizer que essa é minha segunda grande decepção do ano, pois eu estava esperando muito e...nada (a primeira foi O Rei de Amarelo, que tem resenha aqui )

Nota 2 de 5. Não é o pio que já li, mas não sei se recomendo a leitura e não leria novamente.

Se quiser tramas realmente boas então leia Gillian Flynn (tem resenha do Lugares escuros aqui) ou então o Sidney Sheldon, que foi com quem comecei a ler policial e suspense.



Postado por: Livia